a

Mosteiro da Madre de Deus

Mosteiro da Madre de Deus

Desde 2019 que IPTI tem vindo a desenvolver um projeto relacionado com a história arquitetónica do Mosteiro da Madre de Deus. O principal objetivo é desenvolver modelos interpretativos para validar hipóteses sobre as fases evolutivas do edifício, desde a sua fundação até ao presente. Baseia-se em extensa informação histórica (escrita e gráfica) relevante para apoiar hipóteses sobre diversas configurações espaço-funcionais. Ao longo do processo, temos vindo a testar e documentar essas hipóteses através de representações virtuais (HBIM) e de modelos físicos (impressão 3D). Atualmente, o projeto encontra-se focado no período inicial do Mosteiro, fundado pela Rainha D. Leonor de Lencastre (1509), a partir de um palácio pré-existente pertencente a um almirante da corte portuguesa.

Para compreender a organização primitiva do núcleo fundacional, está em desenvolvimento um modelo virtual. A partir deste, e recorrendo a diversas fontes históricas (textos, pinturas, desenhos arquitetónicos e cartografia da época), a reconstituição digital incluirá  os espaços da igreja primitiva (presentemente, Sala D. Manuel e Coro Baixo) e do palácio pré-existente (Sala Árabe e Claustrim). Alguns dos objetos artísticos do antigo mosteiro serão também inseridos, tanto quanto seja possível definir a sua localização original, ou a possível relação com o espaço arquitetónico, a partir das fontes históricas.

Para além da fase inicial – a fundação, no século XVI – o projeto irá expandir-se segundo os três outros grandes períodos do edifício: 1) o século XVII – com a consagração da nova igreja (1624) a partir das obras de ampliação, iniciadas com D. João III; 2) o século XIX – com a adaptação do Mosteiro a Asilo Maria Pia, a partir do projeto do arquiteto José Maria Nepomuceno; e  século XX – com as obras por ocasião da exposição do cinquentenário do nascimento da Rainha D. Leonor (1950), a criação do Museu dos Azulejos como dependência do Museu de Arte Antiga (1965), e a sua autonomia como Museu Nacional (1980).

Com estes conteúdos esperamos criar narrativas dirigidas não só ao público adulto mas, também, às crianças (e.g., exemplificando a evolução histórica do edifício, por justaposição de blocos construtivos, descrevendo assim relações de escala, articulação, organização e cronologia).

Agradecimentos:
The Social Sciences and Humanities Research Council of Canada (SSHRC)
New Paradigm / New Tools
Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa
Carleton Immersive Media Studio
Museu Nacional do Azulejo

User registration

You don't have permission to register

Reset Password