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Convento da Arrábida

Convento da Arrábida

O Convento de Nossa Senhora da Arrábida foi a semente de inúmeras comunidades capuchinhas no século XVI. Foi a casa dos quatro primeiros frades da Arrábida (Martinho de Santa Maria, Diogo de Lisboa, Francisco Pedraita e São Pedro de Alcântara) que viveram durante dois anos numa comunidade isolada na encosta da Serra da Arrábida em dormitórios escavados nas rochas. Mais tarde, o terreno foi cedido pelo primeiro Duque de Aveiro, D. João de Lencastre a Frei Martinho de Santa Maria, que fundou em 1542 o edifício hoje conhecido por Novo Convento. Juntamente com São Pedro de Alcântara, Frei Martinho fundou a Província de Santa Maria da Arrábida e redigiu os Estatutos da Província de Santa Maria da Arrábida que estabelece regras para a fundação de novos conventos da Estrita Observância em todo o território nacional. Além de articular a condução da vida cotidiana dentro dos conventos, as regras também descrevem os espaços necessários do edifício acompanhados de dimensões máximas para manter a austeridade consistente em toda a ordem.

O convento e as capelas espalhadas pela serra sofreram saques e danos em consequência do seu abandono na sequência da extinção das ordens religiosas em 1834. As obras de reparação começaram nas décadas de 1940 e 1950 pela Casa de Palmela que havia adquirido a propriedade muito antes, em 1863. 1990 o convento e a propriedade são vendidos à Fundação Oriente para restaurar e manter os seus valores culturais do século XVI.

Com uma extensão de 25 hectares, o convento abrange hoje quatro áreas principais: o Convento Velho, situado na parte mais alta da serra, o Convento Novo, situado a meia encosta, os espaços ajardinados na parte baixa da colina e o Santuário do Bom Jesus para o leste. O Santuário da Memória, que existia nos terrenos anteriores ao convento, foi destino de grandes romarias ao longo da história, conferindo à terra uma profunda história espiritual.

Contribuindo para a missão da Fundação Oriente, a nossa investigação irá explorar formas de salvaguardar as dimensões tangíveis e intangíveis do património cultural da Arrábida com um foco específico na relevância dos valores franciscanos no presente. Ao reconstruir digitalmente os espaços do Convento Velho no alto da encosta, o público terá acesso a espaços de outra forma inacessíveis para melhor compreender o ascetismo dos primeiros capuchinhos da vida. Através da narrativa digital, a profundidade intangível do convento e da Serra da Arrábida será exposta através da rica história de mitos, poesias, regras e práticas rituais que constituem este lugar sagrado.

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